quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Soneto da Caneta Bic

Foi cortante além da veia
Escreveu o ódio a caneta
Dilúvio ao fim da seca
A rúbrica da alma feia

Mais que tudo, uma fuga
Traçou o braço castigado
Cortou o laço já consumado
Da dor que deixou rugas

Passo pela estrada do limite
O final já manda convite
Pra esse marinheiro de poucos mares

Terá de ser agora !
Estou conciso, que é boa hora
Há de ser o fim de todos os males

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